terça-feira, 1 de dezembro de 2009



"Nossos escritos sempre aprisionam algum momento nosso..."

Algumas vezes, quando releio algo que escrevi há tempos atrás, lembro exatamente quais sentimentos estavam ali no momento em que rabisquei o papel...

Outro dia encontrei um caderno da minha primeira série... lembrei muito bem da capa, das folhas, do cheiro e de alguns sentimentos que estavam tão latentes naquela época da minha vida.
Escrevo para lembrar, e algumas vezes contraditoriamente, para esquecer...



sexta-feira, 27 de novembro de 2009

“Ás dez e quarenta, ao rufar do tambor, formam-se filas, e todos entram na escola por divisões. A aula dura duas horas, empregadas alternativamente na leitura, no desenho linear e no cálculo. [...] As doze e quarenta, [...] deixam a escola por divisões e se dirigem aos seus pátios para o recreio. As doze e cinquenta e cinco, ao rufar do tambor, entram em forma por oficinas.” (FOUCAULT, Vigiar e Punir, p. 11)

A cena descrita, é algo natural para nós, logo no início da leitura deduzimos se tratar de uma escola que se não fosse pelo rufar dos tambores, diríamos até mesmo se tratar de uma escola do nossa época. Incrível é saber que se trata de um regulamento redigido por Léon Faucher para a Casa dos Jovens Detentos de Paris, escrito por volta do ano 1787. Percebemos que a escola mudou pouco, muito pouco. Achamos que avançamos, pois não há mais os castigos físicos, a humilhação de ter que ficar de frente para a parede como forma de punição, a pedagogia moderna tem nos apontado muitas teorias sobre a prática em sala de aula. Mas nossas rotinas escolares já estavam descritas em um regulamento de uma casa de detenção do século XVIII!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Quantos pesos e quantas medidas?

Carpe Diem é uma frase em latim de um poema de Horácio, que é popularmente traduzida para colha o dia ou aproveite o momento.
É também utilizado como uma expressão para solicitar que se evite gastar o tempo com coisas inúteis ou como uma justificativa para o prazer imediato, sem medo do futuro.

A mensagem trazida é muito interessante, podemos refletir e tirar aprendizados para nosso dia a dia, e aproveitar ao máximo os bons momentos. Entretanto, muitas pessoas tem se valido dela para justificar atitudes que prejudicam outras. Passa-se por cima de valores, de sentimentos, de pessoas e diria até que de si próprio... Mentiras e traições são praticadas em prol do "aproveitar o momento". Pessoas ficam feridas e tantas outras consequências...

Fico exasperada com tamanha distorção. Propositalmente a ética é deixada de lado...
Que valores temos vivido?
Importante salientar que quando falo em valores, não estou me referindo à religião. A moral tem a ver com religião, mas os valores têm a ver com a ética.

“A ética tem a ver com a preocupação pelas consequências das próprias ações sobre o outro. Por isso, para ter preocupações éticas, devo ser capaz de ver o outro como um legítimo outro em convivência comigo [...]” (MATURANA)

Grosso modo: "Não faça com os outros aquilo que não gostaria que fizessem com você."

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Caixa de Ferramentas ou Caixa de Brinquedos?? Com qual delas a escola tem trabalhado?


A criança pouco tempo depois que nasce é incentivada a se movimentar e a ter curiosidade – continuar o que era natural quando estava no útero da mãe. Assim, ela começa a brincar pular, puxar coisas e é assim que sua vida começa.

Os anos passam e cada vez mais ela é incentivada a brincar: em casa, na pré-escola, todos admiram e elogiam cada descoberta que a criança faz em suas brincadeiras: a primeira cambalhota, a técnica de pular corda, enfim a criatividade. É claro que existem regras para o seu corpo, como não mexer em alguns objetos, não pular de determinada altura, mas são regras criadas para sua proteção.

Porém, algo acontece na vida da criança por volta dos seis anos! Ela irá adentrar num mundo em que na maior parte do tempo ela deverá ficar sentada, atenta e produzindo - o primeiro ano na escola. Seu tempo de brincar será muito curto e provavelmente chegará à conclusão de que o melhor momento da escola é o horário do recreio – momento em que poderá correr tocar o outro, ser livre! Já na escola, passará horas sentada... naquela cadeira desconfortável... Ficará olhando a nuca do colega. Terá hora para tudo, até mesmo para ir ao banheiro.

Chegou a hora de aprender! É o que dizem. Disciplina, horário, produção, silêncio, e imobilidade serão impostas, deixando assim, aos poucos, a espontaneidade que lhe era natural.

"O corpo carrega duas caixas. Na mão direita, mão da destreza e do trabalho, ele leva uma caixa de ferramentas. E na mão esquerda, mão do coração, ele leva uma caixa de brinquedos." Rubem Alves - Educação dos Sentidos. p.9

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Evolução????


Mestre,
Professor,
Prôfe,
Sôr,
...

Chegará o dia em que nos reportaremos
aos professores grunindo?

Devo dar os créditos: quem dizia essa frase era o professor Renato - de biologia - com quem tive aula na quinta e na oitava série e no terceiro ano.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A Sapiência de um certo Caipira...

Ouvi esta história dezenas de vezes durante minha infância e adolescência. Não faço a mínima ideia se é uma história folclórica do nordeste ou se é invenção do meu pai.

É mais ou menos assim...

Certo dia, um forasteiro chega a uma cidade do interior, bate palmas na frente da casa de uma senhora, puxa conversa e diz: "a senhora sabia que dá pra fazer sopa de pedra?" Ela desconfiada, fala que é impossível!
Então ele responde que irá mostrar a ela como fazer e calmamente completa: "vou buscar as pedras e enquanto isso a senhora separa os outros ingredientes." Os ingredientes eram: batata, cebola, cenoura, tempero verde, um pouco de carne, um punhado de macarrão, sal e pimentinha.

Pouco tempo depois ele retorna, pede licença e entra na casa da senhora, e ela curiosa: manda que ele entre. Ele lava bem as pedras, coloca na panela e começa a colocar todos os outros ingredientes com água "para fazer um bom caldo" disse ele.

Assim que a sopa ferveu bem e estava um caldo bonito e um cheiro apetitoso, ele - com uma cara satisfeita - tira as pedras com a ajuda de uma concha e lá estava: a sopa de pedras!
A esperta dona da casa ficou olhando ele comer e pensou:
" Cabra sabido!"

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Atitudes, porque palavras o vento leva...



As palavras mais apropriadas do mundo para aquele momento...

Sofia era uma pessoa comum e tinha suas qualidades e seus defeitos, no geral ela era simpática, prestativa e responsável. Mas como todos nós, tinha pontos a serem melhorados.
Certo dia, conversando com uma colega que havia ido trabalhar em uma unidade da empresa que ficava em outra cidade e que ela também já havia ido semanas atrás, aconteceu a seguinte situação: a colega comentou que havia conhecido a funcionária que trabalhava na filial e Sofia comentou que havia achado aquela moça muito séria e até mesmo seca. Com um simples olhar e com as palavras mais apropriadas do mundo para aquele momento, sua colega respondeu tranquilamente: "pois é, ela disse que te achou um amor de pessoa e que te adorou!". Sofia nunca tinha se sentido tão envergonhada na vida e continuou a conversa o mais normal que conseguiu.

Naquela noite ela não dormiu direito, se envergonhava da atitude, do comentário que havia feito sobre aquele ser humano que ela havia visto uma única vez! E pensando em como ficaria chateada se a situação fosse inversa, se uma pessoa desse uma sentença daquelas a ela por apenas um encontro. Assim que teve oportunidade, na manhã seguinte ela conversou com sua colega e disse que havia ficado muito envergonhada com a sua atitude e que havia aprendido uma lição: a de não julgar as pessoas, pensar duas vezes antes de falar algo sobre alguém. Aprender a autocrítica é muito importante, mas algumas vezes precisamos de um empurrãozinho...

quinta-feira, 10 de setembro de 2009





Fazemos massagem para tirar os nós,



mas os maiores nós estão na nossa garganta...

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Ás vezes, as palavras são desnecessárias...


Nem tudo que parece é...


Quando tinha uns seis anos, passei um tempo na casa de um casal amigos dos meus pais, pois minha mãe estava hospitalizada. Fiquei lá acho que pouco mais de um mês com a minha irmã Rozi, que na época tinha uns 2 anos.
Certo dia, ganhei um chiclete daqueles que vinham com uma figurinha que virando e passando uma moeda, a figura grudava na superfície em que havia sido colocada e o papel ficava branco. Mas veja bem onde resolvi fazer isso: na parede da sala que havia acabado de ser pintada de branca!
Obviamente levei uma bronca e tive que limpar... detalhe: molharam um pano e me entregaram, quando me dei conta de que o pano era uma cueca velha, desandei a chorar desconsoladamente!
Provavelmente acharam que eu estava chorando de arrependimento!

Dedico esta postagem ao Jaimes, acho até que a cueca dessa história era dele!

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

A primeira vez...

Maria nasceu no interior do Ceará. Morava com a mãe e os quatro irmãos numa casa de barro, longe de tudo e de todos... Tinham apenas uns 3 vizinhos, e para chegar até a casa deles era preciso caminhar...
Certo dia, um tio que havia chegado de viagem trouxe um presente para Maria: um chiclete!
Foi a primeira vez que ela pegou num chiclete, e imediatamente abriu-o e o colocou na boca. Como era doce e macio! Com satisfação mascou o dia inteiro e na hora de dormir pensou: "Não vou dormir com ele na boca, senão vou engolir!" Teve uma idéia: colocar ele numa frestinha da parede e no dia seguinte poderia continuar mascando. A primeira coisa que ela fez pela manhã foi pegar o chiclete no esconderijo em que havia deixado. Na primeira mastigada sentiu que o chiclete estava recheado de terra...

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Bela Conspiração!


Não sou esotérica nem nada do gênero, mas há dias em que parece que o Universo conspira a nosso favor... Saí da aula, fui almoçar e vi uma colega logo a minha frente para atravessar a rua e nem ia falar com ela, pois sabia que iríamos para lados oposto quando chegássemos do outro lado, mas acabei cumprimentando-a e ela me contou que precisava ligar para a escola em que trabalha para avisar que estava com início de conjuntivite e perguntar se a diretora queria que ela fosse ainda assim. Detalhe: o celular dela não estava funcionando e não tinha para quem ligar e pedir que ligassem para a escola e dessem o recado. Emprestei meu celular e fiquei com ela uns 15 minutos até que fosse tudo resolvido. Saí dali com uma sensação boa, uma espécie de dever cumprido... Em pensar que eu nem ia falar com ela!

Olhei no relógio: meio dia e quinze. Jornada Cultural na UFRGS e música ao vivo em frente à faculdade de Educação. Sentei num banco ao lado do Bar do Antônio, o sol me aquecia (ainda era inverno, mas devia estar uns 24º) fiquei lendo um livro e ouvindo aquela música boa, a voz dos meninos era linda! Todos a minha volta demonstravam estar tão leves... Passavam por mim meninas de rasteirinha, outras de bota...típico da época do ano...mas todos me pareciam confortáveis... Eu estava tão envolvida por aquela atmosfera que resolvi comprar uma fatia de torta de chocolate com moranguinho! Nem me preocupei com as calorias, a situação era perfeita para um doce! Caminhei em direção ao prédio no qual trabalho, enquanto dois rapazes me olharam com olhar galanteador.
"Então, apesar de toda a simplicidade, a vida segue em trajes de gala." *

*Trecho retirado do livro: Uma vida inventada. Maitê Proença.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Momentos singelos...

Quando éramos pequenas (eu e minhas duas irmãs), uma de nossas diversões favoritas era tomar banho de chuva nos dias mais quentes.

Minha mãe ainda não trabalhava, então ficávamos o dia em casa, bem à vontade. Quando começava a chover, corríamos pra rua, e lá ficávamos no pátio, pulando e se refrescando com aquela água tão geladinha.... Algumas vezes, quando parava de chover, minha mãe dava um sacolé para cada uma de nós e permanecíamos ali por mais algum tempo...Com quanta simplicidade podem ser feitos os dias felizes de uma criança...Hoje em dia, quando vejo meu sobrinho de três anos correr pelo pátio e tomar banho de mangueira, recordo de como a mãe dele eu e a outra tia se divertiam assim, com tão pouco. Hoje em dia não gosto muito de chuva, cá entre nós: tenho meus motivos... Bom, mas isso é outra história...

terça-feira, 25 de agosto de 2009


Algumas vezes choramos por algum motivo e de repente aproveitamos para chorar por outras dores tembém...é um momento de lavar a alma...depois de chorar e soluçar muito, geralmente vem o sono...e quando acordamos temos a certeza de que tudo vai dar certo...

"Nada seca mais rápido do que uma lágrima." autor desconhecido

segunda-feira, 24 de agosto de 2009


Não sei bem de onde vem esta ânsia de escrever. Simplesmente há dias em que PRE-CI-SO. Talvez um psicólogo pudesse explicar...ou não. Engraçado, que algumas vezes, nem sei sobre o que quero falar...
Acho tão interessantes as pessoas que conseguem escrever sobre a atualidade, ou então criar histórias. Por hora, acho complicado, não flui...escrevo sobre coisas corriqueiras, experiências próprias, enfim, uma forma de se expressar. Tudo bem! Vou escrevendo assim: sem compromisso e sem datas, e a quem interessar se divertir um pouco ou devanear comigo, será bem-vindo!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Feminilidade...


Tenho uma conhecida que diz que se pudesse nascer de novo e pudesse escolher, queria nascer homem.
Eu não, se tivesse que nascer dez vezes, dez vezes escolheria nascer mulher... Por quê? Nós somos "Mara" como diz uma amiga!
Somos...deusas, bruxas, princesas, guerreiras, amantes, sedutoras, amigas, companheiras, mães, filhas...tudo ao mesmo tempo!
Delicadamente e decididas seguimos a vida, tentando não deixar que as pancadas da vida "embruteçam" nosso coração e desbote a nossa feminilidade...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Rôxa de susto! Mais uma da irmã mais velha!!!


Lembram da minha vizinha, Ana Paula? Aquela que tinha os lábios rosados e que euzinha havia inventado uma técnica para que os lábios das minhas irmãs e o meu também ficassem assim?
Pois é, durante a nossa infância, ela passava as tardes lá em casa brincando conosco.

Certo dia, minha mãe havia ido trabalhar e tinha levado a minha irmã mais nova junto. Ficamos em casa, a Rozi (que deveria ter uns 4 ou 5 anos), a Ana Paula (um ano mais velha) e eu (com uns 9 ou 10 anos). Resolvi fazer uma "brincadeirinha" com a minha irmã. Chamei e Ana Paula e disse: "Ana, tenho uma idéia: deixa eu passar mertiolate no teu pescoço, e nesse facão, daí tu deita a cabeça em cima desse panelão e eu deixo a faca perto do teu pescoço. Chego na sala e digo pra Rozi: olha o que eu fiz com a Ana! Ela vai se assustar!" Para mim, naquele momento, era simples assim: dar um susto na minha irmã. Claro, pensanpo agora, foi uma brincadeira de péssimo gosto...mas enfim, foi o que aconteceu.

Fizemos como estava combinado e nem preciso dizer que a minha irmã ficou tão horrorizada que não parava de gritar para que eu não chegasse perto... Tadinha, empoleirada na beirinha do sofá...fiquei assustada com a reação dela (sinceramente, não sei porque achei que ela agiria diferente...) e comecei a dizer: " Calma, é brincadeira, olha aqui, a Ana tá bem, é mertiolate." Ela demorou um bocado de tempo para se acalmar...e eu fiquei morrendo de remorso...

O título da postagem tem dois sentidos: o de que a Rozi ficou rôxa de susto com a minha brincadeira e também é uma homenagem à ela, já que há alguns anos atrás comecei a chamá-la de Rôxa...apelido carinhoso!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Uma frase depois de dita...

Engraçado, algumas vezes a gente passa por malvado e quando vamos nos explicar...é ainda pior. Eu devia ter uns seis ou sete anos, e ouvi no noticiário que numa tal guerra já haviam morrido três pessoas. Fiquei pensando: "Ué, sempre dizem que morrem centenas de pessoas nas guerras..." e fiquei achando muito estranho, como podia? Virei para a minha mãe e disse: " Morreram só três, era pra ter morrido trinta!" Nem preciso dizer que levei uma bronca daquelas! E tentei explicar que não queria dizer que DEVIAM ter morrido...mas aí já era tarde, eu já tinha dito...

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Mais uma vez o Brasil em evidência no mundo! Seriam os escândalos políticos? A simpatia do Lula? O quê?




Título: Mais uma vez o Brasil em evidência no mundo

Assunto? Pensei em escrever sobre a crise no senado brasileiro e as inúmeras denúncias sobre Sarney. Aliás, não sei porquê, lembrei da governadora Yeda Crusius...
Ah! nesse campo sempre temos assunto novo... Eu disse novo?
Na verdade é tudo assunto velho! Algumas vezes parece que estou vendo sempre a reprise do noticiário: o mensalão (sem comentários!) o "tal" deputado que levou a namorada para viajar com os tickets pagos pela Câmara, "Não sei quem" desviou não sei quantos milhões, alguma "Excelência Delinquente" diz que não fez o que está comprovado que fez, o "fulano" que disse baixaria para o outro em plena sessão e assim por diante.

Quer saber? Assunto novo mesmo é o presidente dos Estados Unidos olhando "disfarçadamente" o que nós brasileiros chamamos de preferência nacional.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Quebrando o retrovisor....

Mente insana, mente inquieta!
Adianta ficar pensando, pensando, pensando??
Não, é até pior!
Não muda nada, não te faz sentir melhor.
Só te faz reviver os mesmos momentos constantemente.
E sofrer por antecipação?
Isso talvez seja ainda pior. Sofrer por algo que nem sabemos se vai acontecer!
Aliás, de tanto pensar nela, é capaz de acontecer...
Como é difícil controlar nossa mente!
Mas não é impossível (graças!)
Que bom que temos pessoas que fazem a diferença na nossa vida!!!!!!!!!!!!
Outro dia, uma pessoa muito querida me disse mais ou menos assim:

"Quebrei o retrovisor de vez e com vontade!"

Adorei isso, me inspirou!
Também vou quebrar o meu!
Verdade seja dita: o que importa é o caminho que temos pela frente, não é mesmo?!

Dedicado a uma pessoa incrívelmente humana: meu querido Rodrigo.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Quarto mágico......Descobrindo coisas do Mundo!

Meu quarto não teve janela durante um tempo, ou melhor, tinha mas estava estragada. Sendo assim, ele era escuro mesmo durante o dia. Algo interessante acontecia nele: quando o quarto estava escuro, e tinha sol forte na rua, podia ver imagens na parede que ficava de frente para a rua e que tinha uma cortina branca com algumas estampas de gatinhos. Certo dia percebi que havia uma fresta na parede (Ah! esqueci de dizer que a casa era de madeira) por onde entrava a luz do sol e iluminava a cortina e que eu "via" de cabeça para baixo (acho que era de cabeça para baixo, bem não tenho certeza!) o que estava acontecendo na rua.
Mas não seria imaginação minha?? Pensei comigo: vejo o carro passando porque ouço o barulho e o imagino... então quando eu via as coisas na cortina, descia correndo da beliche e ia a té a janela da sala olhar e acertava na mosca, sempre acertava! Ora era um carro, ora um transeúnte. E passei a ficar tempos ali observando e pensando: incrível! o que será isso?
Nunca perguntei a ninguém, e anos depois ouvi algo numa aula de física ou de biologia, não me lembro mais. Não ficou muito claro, mas tinha algo a ver com os princípios da visão e de como funciona o olho...passados mais alguns anos, fiquei sabendo que tinha a ver também com uma técnica fotográfica chamada pinhole* e pesquisei num site chamdo lata mágica e o fenômeno do quarto mágico foi finalmente explicado... Pena que na época eu não tinha uma máquina fotográfica para capturar aquela "fenômeno" intrigante e que me entreteu durante várias tardes. Fazemos descobertas a todo instante...basta olhar a nossa volta.
pinhole - do inlês, buraco de alfinete - é o nome dado à técnica que irá permitir qo fenômeno fotográfico se dê em uambiente sem a presença de lentes (componente das máquinas fotográficas convencionais). Um furo é o que permite a formaçãoimagem em um recipiente ou espaço vedados da luz. A projeção de imagens por este méodo é uma lei física, e já é conhecida pelo homem desde a Antigüidade.

Saiba mais sobre a técnica pinhole no site: http://www.latamagica.art.br/
Veja também: http://www.youtube.com/watch?v=TEfIjCPl25w

segunda-feira, 27 de julho de 2009

As irmãs mais velhas sempre têm algo a ensinar! Tá, eu não disse que são sempre coisas boas ou úteis...


Éramos 3 irmãs, eu com uns 8 anos, a Rozi com 4 anos e a Sara com 2 anos. Brincávamos quase sempre entre nós até que se mudou para o lado de nossa casa uma senhora, seu marido e sua filha que tinha 4 anos. Acabamos ficando amigas da menina - que se chamava Ana Paula. Ela era loirinha e me chamou atenção que seus lábios eram rosados naturalmente! Para mim - que era morena - aquilo era uma novidade e comecei a sentir uma pontinha de inveja. Eu que estava sempre inventando alguma, logo inventei algo para minhas irmãs: devíamos escovar os dentes, passar pasta de dente na boca e deixar secar bem. Depois de um tempo, devíamos enxaguar e assim teríamos a linda boca rosada “naturalmente”! Claro que passado algum um tempo descobri que era uma teoria furada, pois o resultado durava apenas alguns minutos. Não valia o sacrifício!

Dedico esta postagem a minha eterna ex-vizinha Ana Paula Lessing.
E é claro, as minhas queridas irmãs que sempre caíam nas minhas invenções.

Bandeirinha. Bandeirinha? Ah! Sim, Bandeirinha!



Numa festa junina da escola no início dos anos 90, minha professora pediu que levássemos “bandeirinhas” na próxima aula, então cheguei em casa e pedi ajuda para o meu pai. No dia seguinte, cheguei na escola bem feliz com uma bandeirinha do brasil feita e pintada por mim mesma! Claro que ninguém entendeu o que eu tava fazendo com uma bandeira do brasil grudada num palitinho, e foi então que me dei conta que existia um outro tipo de bandeirinha que eram uns enfeites coloridos que se usava para adornar as festinhas!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Minha Primeira Postagem!

Muito bem, esta é a minha primeira postagem!
Escolher um nome para o blog, não foi uma tarefa muito fácil, muitas ideias vinham à minha mente...
No fim das contas, optei por nomeá-lo RECORTES, pois não importa o que eu vá escrever aqui, serão sempre recortes... Sejam eles dos pensamentos, de acontecimentos, de sentimentos, de bobagens ou de lembranças.
Nunca serão a realidade. Aliás, já perceberam que sempre que contamos uma história, ela se modifica? Ainda que seja discretamente. Uma história que foi triste, por exemplo, tempos depois ao contá-la para alguém, tomamos para nós mesmos, um outro sentido, resignificamos ela.


"Os fatos importam muito pouco, o que realmente importa é o significado que damos a eles."
Professora Simone M. Rickes- Psicologia da Educação FACED/UFRGS