quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Rascunho de nova história!!!!!!!!!!!!!!!

Sempre gostei do Hino Riograndense...

(continua)

quinta-feira, 17 de junho de 2010

De passagem....



Há quanto tempo não escrevo....

Sinto falta, mas o tempo anda curto. Muito curto.

Horários e prazos, me espremem...

Nas férias de inverno, quem sabe?!

Já que dei uma passada, aproveito para deixar um pensamento que li outro dia:

"Não confunda cultura com sabedoria. A cultura vem de fora para dentro, penetra pelos olhos e ouvidos e pode fixar-se ou não em nosso cérebro. A sabedoria, ao contrário, nasce de dentro de nós, e se exterioriza [...]" Minutos de Sabedoria

terça-feira, 1 de dezembro de 2009



"Nossos escritos sempre aprisionam algum momento nosso..."

Algumas vezes, quando releio algo que escrevi há tempos atrás, lembro exatamente quais sentimentos estavam ali no momento em que rabisquei o papel...

Outro dia encontrei um caderno da minha primeira série... lembrei muito bem da capa, das folhas, do cheiro e de alguns sentimentos que estavam tão latentes naquela época da minha vida.
Escrevo para lembrar, e algumas vezes contraditoriamente, para esquecer...



sexta-feira, 27 de novembro de 2009

“Ás dez e quarenta, ao rufar do tambor, formam-se filas, e todos entram na escola por divisões. A aula dura duas horas, empregadas alternativamente na leitura, no desenho linear e no cálculo. [...] As doze e quarenta, [...] deixam a escola por divisões e se dirigem aos seus pátios para o recreio. As doze e cinquenta e cinco, ao rufar do tambor, entram em forma por oficinas.” (FOUCAULT, Vigiar e Punir, p. 11)

A cena descrita, é algo natural para nós, logo no início da leitura deduzimos se tratar de uma escola que se não fosse pelo rufar dos tambores, diríamos até mesmo se tratar de uma escola do nossa época. Incrível é saber que se trata de um regulamento redigido por Léon Faucher para a Casa dos Jovens Detentos de Paris, escrito por volta do ano 1787. Percebemos que a escola mudou pouco, muito pouco. Achamos que avançamos, pois não há mais os castigos físicos, a humilhação de ter que ficar de frente para a parede como forma de punição, a pedagogia moderna tem nos apontado muitas teorias sobre a prática em sala de aula. Mas nossas rotinas escolares já estavam descritas em um regulamento de uma casa de detenção do século XVIII!

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Quantos pesos e quantas medidas?

Carpe Diem é uma frase em latim de um poema de Horácio, que é popularmente traduzida para colha o dia ou aproveite o momento.
É também utilizado como uma expressão para solicitar que se evite gastar o tempo com coisas inúteis ou como uma justificativa para o prazer imediato, sem medo do futuro.

A mensagem trazida é muito interessante, podemos refletir e tirar aprendizados para nosso dia a dia, e aproveitar ao máximo os bons momentos. Entretanto, muitas pessoas tem se valido dela para justificar atitudes que prejudicam outras. Passa-se por cima de valores, de sentimentos, de pessoas e diria até que de si próprio... Mentiras e traições são praticadas em prol do "aproveitar o momento". Pessoas ficam feridas e tantas outras consequências...

Fico exasperada com tamanha distorção. Propositalmente a ética é deixada de lado...
Que valores temos vivido?
Importante salientar que quando falo em valores, não estou me referindo à religião. A moral tem a ver com religião, mas os valores têm a ver com a ética.

“A ética tem a ver com a preocupação pelas consequências das próprias ações sobre o outro. Por isso, para ter preocupações éticas, devo ser capaz de ver o outro como um legítimo outro em convivência comigo [...]” (MATURANA)

Grosso modo: "Não faça com os outros aquilo que não gostaria que fizessem com você."

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Caixa de Ferramentas ou Caixa de Brinquedos?? Com qual delas a escola tem trabalhado?


A criança pouco tempo depois que nasce é incentivada a se movimentar e a ter curiosidade – continuar o que era natural quando estava no útero da mãe. Assim, ela começa a brincar pular, puxar coisas e é assim que sua vida começa.

Os anos passam e cada vez mais ela é incentivada a brincar: em casa, na pré-escola, todos admiram e elogiam cada descoberta que a criança faz em suas brincadeiras: a primeira cambalhota, a técnica de pular corda, enfim a criatividade. É claro que existem regras para o seu corpo, como não mexer em alguns objetos, não pular de determinada altura, mas são regras criadas para sua proteção.

Porém, algo acontece na vida da criança por volta dos seis anos! Ela irá adentrar num mundo em que na maior parte do tempo ela deverá ficar sentada, atenta e produzindo - o primeiro ano na escola. Seu tempo de brincar será muito curto e provavelmente chegará à conclusão de que o melhor momento da escola é o horário do recreio – momento em que poderá correr tocar o outro, ser livre! Já na escola, passará horas sentada... naquela cadeira desconfortável... Ficará olhando a nuca do colega. Terá hora para tudo, até mesmo para ir ao banheiro.

Chegou a hora de aprender! É o que dizem. Disciplina, horário, produção, silêncio, e imobilidade serão impostas, deixando assim, aos poucos, a espontaneidade que lhe era natural.

"O corpo carrega duas caixas. Na mão direita, mão da destreza e do trabalho, ele leva uma caixa de ferramentas. E na mão esquerda, mão do coração, ele leva uma caixa de brinquedos." Rubem Alves - Educação dos Sentidos. p.9